Em 2020, a XFL reabriu suas portas, fechadas desde a realização de sua única temporada, no ano de 2001, para relativo sucesso. A liga trouxe novas ideias, jogaria em um período de relativa seca dos esportes americanos e daria chances para jogadores não aproveitados na NFL. Mas a pandemia jogou o projeto todo no ralo e, após declarar falência, a liga agora acaba comprada pelo The Rock e sua ex-esposa, Dany Garcia, (50% dos direitos) e pela RedBird Capital Partners (os outros 50%). O nome que vai chamar atenção é o do ator, mas você deveria prestar atenção mesmo é na empresa de investimento privado que o acompanha na empreitada, a RedBird Capital Partners.
Com a pandemia de coronavírus muita coisa desandou, incluindo o ano inteiro de 2020. Uma delas foi a XFL, liga de futebol americano do dono da WWE, Vince McMahon, que chegou a investir 200 milhões de dólares nesta nova iteração da liga. Jogando fora da temporada da gigante NFL, a liga parecia promissora, dando chance para talentos ignorados pela gigante concorrente, trazendo ideias novas e colocando um produto minimamente tragável de futebol americano num período de perceptiva abstinência para o fã do esporte. Aí veio a pandemia e tudo desandou, obrigando McMahon a, mais uma vez (a XFL já havia realizado uma única temporada em 2001), desistir do sonho de disputar mercado com a NFL.
Se você não sabe quem é McMahon, ele é o dono (e por vezes personagem) da maior empresa do mundo do que aqui no Brasil ficou conhecido como "tele catch" ou "luta livre combinada". A WWE, como é chamada, foi onde Dwayne Johnson fez seu nome de "The Rock", ganhando a fama que o levou a ser uma dos maiores nomes do entretenimento na atualidade. Vale, como curiosidade, dizer que a "luta" não era nem o ponto mais forte do ator no seu tempo na WWE, mas sim seu carisma e sua incrível habilidade com um microfone nas mãos, devidamente colocada no topo de qualquer discussão sobre o tema.
Com todo esse sucesso e fortuna conseguidos como "lutador" e ator, The Rock fez uma parceria com a Redbird Capital Partners e sua ex-esposa, Dany Garcia, para comprar por 15 milhões de dólares os ativos da empresa que havia declarado falência em abril e conta com 10 a 50 milhões de dólares em dívidas. The Rock e Garcia ficam com 50% da empresa, enquanto a RedBird fica com os outros 50%.
O furo é do site Sportico.
Mas que empresa é essa e por que ela é relevante?
Gerida pelo ex-Goldman Sachs, Gerald Cardinale, a Redbird é um nome mais do que acostumado com o mundo dos negócios nos esportes. Cardinale
foi responsável pelo contrato de Alex Rodriguez com os Yankees, em 2007. Enquanto ainda estava no banco,
o executivo já tinha relacionamento de negócios com nomes como Jerry Jones, dono do Dallas Cowboys, e George Steinbrenner, falecido dono do New York Yankees, montando a Legends Hospitality, uma empresa responsável por cuidar de bilheterias, merchandising e venda de camarotesem parceria com os Cowboys e os Yankees. Você vai notar que as duas franquias são dois dos times esportivos mais famosos e com maior valor de mercado no mundo.
As costas não são quentes, são ferventes.
A RedBird tem em sua carteira de investimentos empresas como:
Pois é.
A empresa bilionária já conta empreendimentos enormes, parceiros expressivos (Jerry Jones talvez seja o dono mais influente da NFL nos dias de hoje, principalmente quando se fala em dinheiro) e tá longe de ser apenas coadjuvante no novo projeto. Gerry Cardinale
tem um perfil arrojado e aparente facilidade de se relacionar com nomes importantes (qualquer relação com o senador republicano de New Jersey, Gerald Cardinale, não foi possível de ser confirmada ainda).
Sabendo que a RedBird é a parceira de The Rock e conhecendo um pouquinho melhor os projetos da empresa, é possível prever que um futuro relançamento da XFL, ou o que quer que venha desta aquisição, não será um projeto aventureiro qualquer.